O MAL DA ESCOLA ABERTA À COMUNIDADE

Há alguns anos surgiu a ideia de escola aberta, ou seja, a escola não fica restrita aos alunos, sendo aberta à comunidade para a realização de eventos e para a prática de esportes. Uma sugestão louvável, se vivêssemos em uma sociedade que merecesse tal regalia.

Em Várzea Alegre, as escolas aderiram a essa prática e o que se tem visto é um total desconhecimento pela comunidade do que seja respeito à escola, zelo pelo que é seu. Em instituições como a EEF Dário Batista Moreno, quase toda semana há um casamento, um aniversário, uma festa, mas quando a escola necessita da ajuda da comunidade para algum serviço simples, mesmo na arrumação da escola, nada encontra. Mesmo ocorre com a EEF Figueiredo Correia, bastante visada para festas e eventos, onde a comunidade nunca moveu nem move uma palha sequer pela escola.

Em outras palavras, a comunidade demanda trabalho de vigia, utiliza utensílios das escolas, mas na hora em que precisa de uma forcinha de algum membro da comunidade que faz parte o que encontra é um egoísmo digno de qualquer nação subdesenvolvida, de qualquer povo mesquinho.
E não só em termos de eventos, mas é conhecido pelas escolas com quadra esportiva os gastos que a falta de cuidado da turma do futebol causam à escola. 

É dever da comunidade zelar pela escola, ajudar, para que depois não se reclame da educação sem ter moral mínima para tal crítica. Enquanto se pensar que o que é público é de todo mundo, no sentido de que se pode fazer o que quiser que o governo tem o dever de arcar, ficaremos presos nessa mediocridade estúpida, sem avanço nenhum em caráter humano. Mesmo que haja o incremento em infraestrutura, nossa estrutura moral e mental não estará apta para recebê-la.