terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O Conformismo, a procrastinação e o pão&circo


                 A pior coisa que pode acontecer em um povo é a aceitação das decisões tomadas por seus 'superiores' sem questionar, abaixar a cabeça e obedecer aos comandos unilaterais não é mais apenas clichê em filme de ficção de ditadores, os poderes verticalizados de uma pessoa que pode ser até menos preparada que você, é uma realidade presente no cotidiano e na política brasileira. O questionamento é a pedra matriz de toda uma carga de conhecimento que pode vir para aquele que perguntou. Questionar é fundamental para a evolução, a nossa sociedade não chegou próximo ao ápice da evolução nas maquinas, robótica e etc. apenas tendo certezas, respostas; sempre tem de haver mais perguntas do que respostas: uma sociedade, um dogma, uma religião que é baseada apenas em respostas nunca pode ser boa, nunca vai ser completa, porque perguntar é a mais nobre das atitudes. 
          Não é preciso ser um gênio para saber que o Brasil está passando por um período controverso na sua história: roubalheira, gastos exacerbados do dinheiro público, farras de licitações compradas e todos os tipos de corrupções possíveis viraram cotidiano, o brasileiro está acostumado, e o pior, adaptado a ver todos os dias mais e mais políticos caindo em operações da polícia, usando dinheiro público que deveria ser investido em educação, saúde e progresso para um país em desenvolvimento como o nosso que, em mãos corretas, poderia ser a maior potência mundial em alguns anos.
          E quem é o culpado disso? VOCÊ!  Você, um analfabeto funcional que se conforma em ganhar um salário mínimo e assistir ao Faustão nos domingos; Você, um graduado diplomado que quer apenas garantir um concurso público para poder sustentar a sua família para o resto de sua vida, fechando os olhos para aquilo que você aprendeu que é certo na sua graduação; Você, que é um estudante do Ensino Médio que prefere passar o dia vadiando e só vai para a escola para satisfazer os desejos ínfimos de seus pais que acham que o está educando, não querendo saber nada de novo e conformado em ter dez reais para comprar um litro de bebida alcoólica no final de semana; Você, que diz que política e religião não se discutem, mas vota em político que promete tijolos e cimento, e vai na Igreja doar parte do seu salário para o enriquecimento de um Pastor/Padre que não pensa na sua salvação, mas no próprio bolso; Você, pseudo-intelectual que só sabe inventar frases vazias em redes sociais e que leva uma vida de imagem externa e diversão falsa, querendo ser melhor que os outros que não desfrutam de roupas de marcas ou bebidas caras.
          Infelizmente, vivemos hoje em uma sociedade conformada, onde todos querem apenas garantir o seu, não importando se é errado ou está deixando de contribuir para outro. Fechar os olhos para as mazelas deixou de ser uma coisa feia e passou a ser quase que uma obrigação para se ser bem sucedido nas mais variadas linhas de profissões. O "Jeitinho Brasileiro" que começou no futebol, nos dribles desconcertantes do mestre Mané Garrincha, onde ele conseguia passar por lugares, entre jogadores do time adversários, extremamente difíceis, e com uma beleza, uma facilidade que era de cair o queixo, esse jeitinho brasileiro saiu do futebol e entrou nas repartições, nas empresas, nas prefeituras e pior, no governo.
          Por isso então, nós brasileiros nos acostumamos a deixar para depois, podemos adiantar tudo o que podemos até o máximo aceitável. A revolução que nosso país precisa, o aperto nos atos dos políticos, a fiscalização das contas da prefeitura da sua cidade, aquele livro que você comprou porque viu em algum lugar que é muito bom, aquele estudo que é super importante para passar no Vestibular, tudo é deixado para depois. Pode-se dizer que é o Instituto da Procrastinação. Procrastinar deixou de ser um hábito e virou uma profissão, profissão esta que conta com grandes profissionais! Profissionais engajados que sabem reclamar de tudo e de todos, mas não tem a ação para ir e mudar.

- Não posso mudar sozinho. Assim é o Brasil e ninguém irá mudar.

          O que eu posso dizer para estas pessoas é:

          Você é um palhaço! Você começou a ler essa crítica usando uma das internet's mais caras do mundo, usando um computador que foi comprado com uma taxa de impostos altíssima, que quase dobra o valor original do produto, está sentado em uma cadeira que foi fabricada por um preço até aceitável, mas quando colocado todos os encargos e impostos do governo ficou muito mais cara que era preciso. O que você come é absurdamente cheio de cargas tributárias que encarecem o produto, deixando de lado a qualidade e o tornando um boneco consumidor que deve aceitar o que lhe é oferecido.

          

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