sexta-feira, 2 de novembro de 2012

FELIZ DIA DE FINADOS A TODOS OS VIVOS

Nosso mundo materialista, nossa visão ocidental, não nos permite morrer. Nós não aceitamos a morte como algo comum, por isso vamos embora tão cedo.
Academias, produtos de beleza, cirurgias plásticas, medicina alternativa, tudo para nos livrar daquilo que é sentenciado no momento em que nascemos: a nossa morte.
Aí vem o Dia de Finados, milhares vão aos cemitérios reverenciar e lembrar de seus mortos queridos, talvez para se certificarem de que ainda estão vivos.
Não creio que mortos me ouçam, me sintam, nem que eu os sinta ou os ouça, não há sentido nesta comunicação, pura bobagem espiritualista que procura nos enganar. Afirmar que mortos se comunicam é apenas passar a mão em nossas cabeças nos dando uma falsa esperança de que a morte não é o nosso fim neste mundo. Ledo engano. Morreu, acabou, viramos húmus, comida de vermes, carbono.
Neste Dia de Finados, data celebrada das mais diferentes maneiras mundo afora, reflitamos um  pouco sobre nossa vida, como a estamos guiando e o que estamos fazendo com ela, para que a morte não nos venha apenas como uma interrupção brutal, mas como um prêmio final de descanso por uma estada maravilhosa neste mundo dos "viventes"

A vocês, um poema de Mário Quintana.

INSCRIÇÃO PARA UM PORTÃO DE CEMITÉRIO
Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"


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