USINA DINIZ POSTA À VENDA, E COMEÇA O DISCURSO HISTORICISTA

Foto do arquivo do blog Memória Varzealegrense

O senso de patrimônio histórico de Várzea Alegre é ridículo, para nós, história é o que fica ali  caindo aos pedaços e ninguém dá a mínima atenção, que não tem uso nem função, só quando alguém decide vender. Foi o que aconteceu com o Casarão Amarelo, que estava desabando quando foi vendido, e provocou o chororô hipócrita de muita gente que não fazia a menor ideia do que aquela casa realmente significava.

O mesmo ocorre agora com a Usina Diniz, sim, aquele enorme prédio branco sem utilidade que toma boa parte do Centro e emperra o crescimento do comércio para outras zonas, sim, a Usina, de onde a administração Pedro Sátiro tirou as verbas de suas obras tão alardaeadas através do recolhimento dos impostos do algodão, sim, aquele prédio tombante, que ninguém dava a menor bola, já vira alvo de "mimimi" e homenagem nas redes sociais, já chamada de patrimônio histórico. 

Desde quando foi cercada, na semana passada, naturalmente em processo de venda e divisão de bens, a Usina tem sido rediscutida, relembrada, repensada aos poucos e certamente quando for demolida se terá a ideia de sua grandeza. Eu que a vi em pleno funcionamento, afirmo que para uma cidade do tamanho da nossa, nos anos de 1960-1970, a Usina Diniz era uma monstruosidade  uma gigantesca fábrica de fazer dinheiro e gerar emprego, o que ela continuará sendo e deixando como legado ao ser vendida para algum empresário que saiba fazer bom uso dela e do espaço privilegiado que ela ocupa, cobrindo quase um quarteirão inteiro de zona livre de entrada e saída.

É uma oportunidade ímpar para a instalação de novos pontos de comércio que venham e desafogar as mal planejadas e estreitas ruas do nosso Centro, trazendo a circulação de compra e venda também para áreas de maior mobilidade, com acessos mais largos.