domingo, 23 de junho de 2013

TELETRANSPORTE: SERÁ POSSÍVEL?



Para os amantes de filmes de ficção científica, mais precisamente de Star Trek, ou até mesmo do desenho animado Dragon Ball Z, ficava sempre a esperança de podermos nos teletransportar da mesma forma que o personagem Goku. Será mesmo que o teletransporte é possível? Para responder a essa pergunta, vamos nos basear num artigo científico publicado em 1993 por um grupo de cientistas. Tal trabalho é intitulado Teleporting na Unknow Quantum State via Dual Classicaland Einstein-Podolsky-RosenChannels. Mas é importante salientar que não existe apenas esse trabalho na área.
Consideremos dois personagens, uma chamada Alice e outro chamado Bob. Alice, em seu laboratório aqui na terra, possui duas partículas que vamos chama-las de B1 e B2 (em homenagem aos Bananas de Pijamas). Bob, por sua vez, está em seu laboratório em qualquer lugar da galáxia (ou até mesmo em outra galáxia). Então vamos explicar passo a passo como funcionaria o teletransporte da partícula B1. Lembrando que não necessariamente precisamos saber o “comportamento” da partícula B1 (ou melhor, não precisamos conhecer o estado quântico da partícula B1).
Primeiramente devemos considerar que as partículas B2 e a partícula do Bob devem estar Emaranhadas. Mas o que significa uma partícula estar emaranhada? Significa que qualquer medida feita sobre uma das partículas, afeta o estado quântico da outra. Para melhor exemplificar, é como se existissem duas pessoas, que moram em mundos diferentes, e que ao fazermos uma rir, a outra também ri, ao fazermos uma chorar, a outra ri (este não é melhor exemplo de todos, mas funciona). Assim, quando fazemos uma medida na partícula B2, a partícula do Bob é afetada de algum modo.
Quando Alice realiza uma medição sobre as partículas B1 e B2, isso faz com que a partícula do Bob sofra uma alteração, e essa alteração ocorre de tal forma que as informações contidas na partícula B1 sejam projetadas sobre a partícula do Bob, ou seja, as informações da partícula B1 são teletransportadas para a partícula do Bob e esta começa a se comportar como a partícula B1 (fica no mesmo estado quântico inicial da partícula B1). Assim, partículas que são descritas pelo mesmo estado quântico são equivalentes, ou seja, é como se a partícula do Bob tivesse se transformado na partícula B1. O problema desse processo, é que a partícula B1 (inicialmente no laboratório da Alice) é destruída durante o processo.
Então, podemos ver que o teletransporte é possível sim, mas não o teletransporte de matéria, e sim, de informações. Assim, se quisermos teletransportar um gato de um local a outro, devemos ter, nesse local, material suficiente para que o novo gato se forme a partir dele. Embora esse não seja o meio de transporte mais seguro do mundo, ele poderia ser de grande ajuda para muita gente. Um grupo de cientistas chineses conseguiu tal façanha, onde eles teletransportaram o estado quântico de um conjunto de partículas de Rubídio (cerca de 1mm de raio) à uma distância de 50cm de outro conjunto de partículas exatamente iguais, mas em estados diferentes.
Assim, fica a questão: Será que um dia poderemos nos teletransportar como os personagens de Star Trek? Não poderemos, a princípio, responder com total segurança essa pergunta, mas uma coisa é certa, TEORICAMENTE há uma possibilidade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário